06/02/2009

GRANADA, MEU AMOR

Tem cidades se guardam pra te encantar na hora certa, depois...Granada é uma delas.

Cheguei numa quinta feira cinzenta, com frio den 8 graus e uma sensação térmica de zero grau. Não me lembro de ter sentido frio daquela formam de doer os assos.

Procurei o “hotel ideal”por uma hora na chuva com uma mala imensa e duas mochilas, e , depois de ir a quatro, pra variar, acabei ficando no que eu tinha ido primeiro.

Hotel Macía Plaza, na Plaza Nueva. Um hotel de 2 estrelas, com a diária mais alta que o de 4 estrelas que fiquei em Valência. Chega de procurar! Estava morto de cansado e de frio.

Fiquei num quarto de frente pra praça, no primeiro andar e ainda tinha uma sacada.
Aloizio, sacada e gente passando só pode dar numa coisa: fotos banais de pessoas normais e momentos inesquecíveis.

Comecei a fotografar às 11h da manhã e só parei às 5h da tarde, porque o estômago gritava de fome.

As pessoas caminhavam na chuva o dia inteiro e eu alí, tentando fazer o meu melhor. Alguns percebiam a minha câmera e acenavam, alguns diziam “ não me fotografe “ com os dedos mas, a maioria não percebeu a minha existência.

E é assim que eu gosto de fazer as minhas fotos: sem que a pessoa perceba a minha presença é que eu posso captar o melhor dela, mesmo que a haja alguma falha técnica minha, seja na exposição, no foco ou no enquadramento. E isso ainda acontece com uma freqüencia maior do que eu gostaria.

A fotografia, como já escrevi, é a minha forma expressar e de captar o momento do outro que tanto me fascina. Quando eu posto uma foto aqui não é porque ela está com a qualidade técnica perfeita, ou porque ela poderá me trazer elogios dos meu queridos que me acompanham nesta peregrinação; é porque ela me emocionou de alguma forma. E a grande maioria nem tanta qualidade tem.

No segundo dia fui conhecer Alhambra e fazer o famoso tour de autobus pela cidade, coisa que mais amo na vida. Mentira minha.

VALÊNCIA - GRANADA

A viagem de trem de Valência até aqui não foi das melhores. Saí no trem da 1:00h da manhã , sem comprar passagem antecipada, porque eu tenho medo até de mim mesmo com relaçãop às mudanças de rotas. Compro na sorte e na hora, para não perder dinheiro.

Choveu a madrugada inteira e me colocaram numa poltrona ao lado da porta que liga um vagão ao outro que não parava de abrir e fechar durante as 8hs de viagem.
Mas, pelo menos, tinha um lugar vazio ao lado da minha poltrona onde eu pude colocar as minhas malas sem incomodar ninguém.

E foi aqui que comecei a “desovar” o que realmente eu não precisaria mais porque o peso da minha bagagem estava ficando insustentável: livros da Don Qujote, guias de museus etc. Eu tenho mania de ir juntando coisas que nunca vou ver, ler ou abrir de novo. Tô tentando melhorar nisso também.
Deixei tudo no trem.

LA CIUDAD DE LAS ARTES Y LAS CIENCIAS


Emocionante. Eu visitei e experimentei o maior centro de entretenimento ligado às ciências da Europa.

A arquietura modernista de Calatrava é dramática; ele faz das estruturas metálicas fios de pontos de croché. Só que com proporções inimagináveis.

A VISITA

Eu me senti com 7 anos de idade. A princípio, quase uma obrigação porque tinha comprado o pacote de visitas. Mas tudo mudou. No Museu das Ciências uu viajei pelo corpo humano, pelo mundo das drogas, pela física, enfim, uma verdadeira aula de ciências com tudo interativo. Voltei, mais uma vez, a ser criança.


No Hemisférico, uma sessão de cinema 180 graus exibiu um documentário da expedição de uma equipe de pesquisadores por180 dias pelo curso do Rio Nilo, no Egito. E foi alé que eu decidi colocar no roteiro: Cairo.

SURPRESINHA NO FUNDO DO MAR

Cheguei morrendo de fome ao Oceanário depois de fazer aquele tal passeio pela cidade no Bus Turístico.
Perguntei à atendente onde eu poderia comer e ela me indicou um restaurante atrás das rochas - disse indicando com o dedo.

Fui, mas no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho...
Já dizia o meu querido e amado poeta.

Antes do restaurante que estava atrás das rochas, vi um prédio modernista e entrei pra ver o que era. Quase caí pra trás. Era um restaurante que dá a idéia de estar no fundo do mar, redondo, com os peixes nadando ao seu redor, colados às mesas.

Restaurante Submarino ( grupo-jbl.com ). A comida é de enloquecer e a atmosfera...

E a luminária central?????

Êta vidinha difícil!

NUNCA CORRI TANTO ATRÁS DE PEIXE

Pois é... Mais uma vez eu aqui virando criança, deslumbrado com coisas que nunca pensei em fazer na vida.

Fui ao Oceanário de Valência procurando fazer algumas fotos bacanas. Mas eu me diverti muito mais do que eu poderia imaginar.

Nunca corri tanto atrás de peixe que eu achava fotogênico.

Eu me senti no filme "Procurando Nemo".


VALÊNCIA DOURADA



A cidade é dourada à noite. Todas as luzes são de mercúrio e os postes, baixos.
É Linda!

NO TREM NO DOMINGO

HASTA LUEGO, BARCELONA!

Estou no trem a caminho de Valência.

Eu, o meu laptop e alguns poucos passageiros ora iluminados, ora escurecidos pelo breu das paradas nas estações.

Ele pára e retoma o seu ritmo.

Já tô quase chegando.

Mas vou voltar.

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Definitivamente, no soy lo mismo!