01/03/2009

CRUZEIRO PELAS ILHAS DO MAR EGEU: ÉGINA, HIDRO E PORUS

Acordei às 6h da manhã para encontrar o ônibus que me leveria ao passeio de um dia pelas ilhas gregas. Pensei que seria mais um cruzeiro da solidão, mas foi totalmente o contrário.

Assim que subi no barco vi duas meninas tirando sarro com um garçon e vi que ali tinha uma turma boa. Logo tentei me enturmar e puxar assunto. Era a Milagros e a Martha, duas espanholas que viajavem sozinhas e se encontraram num albergue em Atenas. Uma de Adaluzia e a oura de Bilbao. Divertidíssimas, espirituosas e, agora, grandes amigas.

O passeio de 12hs pelas ilhas foi delicioso. Fez um dia lindo, céu azul e paisagens fantásticas que me fizeram fazer mais 800 fotos.

A ilha de Égina é a que chega mais próximo do que eu imaginava de uma ilha grega: casas brancas contruídas nas encostas, povo simples e uma luminosidade de fazer cerrar os olhos.
Lá paramos por 40 min. e caminhamos pelos becos brancos e ruelas, onde fiz fotos lindas das frestas entre as casas que vasavam o mar.
Hidro é um pouco maior e já tem a seu turismo mais desenvolvido com restaurantes de pescados e cozinheiros assando os polvos e frutos do mar numa churrasqueira na rua.
Pena que já tínhamos almoçado no barco, porque a comida era de encher os olhos.
Porus é a maior delas já tem cara de ilha para turista ; já foi transformada em ponto de ebulição de varão com casas de veraneios e parece muito com as ilhas do litoral do Rio de Janeiro.

Foi um encontro de 3 pessoas que estavam perdidas e que, cada um na sua viagem, havia se encontrado. Falamos da diferença que é viajar sozinho, da necessidade de se estar só para conversar consigo mesmo. A Milagros saiu há 2 meses de uma relação tempestuosa com um venezuelano. A Martha, que trabalha como motorista de trem de ferro, terminou um romence há 4 meses e eu, sem dor de amor alguma, me curando dos meus problemas mais que intimistas. Era um trio que daria muito assunto para Saramago descrever...heheheh

A Martha não fala uma palavra sequer em inglês e se sentia frustrada na viagem onde a língua mãe é a bendita. A Milagros trabalha em uma empresa multinacional e fala o inglês fluentemente e ensinava à Martha pequenas expressões para que ela pudesse se comunicar com os tripulantes do barco.

Exercitei o meu espanhol o tempo todo e vi, mais uma vez, o tanto que foi importante o meu curso em Barcelona.

Mai uma vez o dia terminou púrpura e eu com a certeza de que "con-viver" vale mesmo a pena.
Nos despedimos mais que cansados ainda no ônibus e trocamos emails para que o nosso encontro não ficasse somente em um dia feliz.

O passeio me tranqüilizou um pouco sobre a minha permanência de 4 dias em Atenas, já que o meu corpo não respondia às minhas necessidades.

Acho que os deuses fizeram as pazes comigo porque acordei no outro dia com um sentimento de missão cumprida e me coloquei nos ares em direção à Istambul.

OS DEUSES DE ACRÓPOLIS NÃO QUISERAM ME VER

E u saí ontem de Atenas frustado. A cidade é linda, povo e comida bacanas, mas a minha visita não rendeu.
Como já havia escrito, a minha primeira tentativa de visita à Acrópolis foi decepcionante porque chguei meia hora depois do encerramento do horário da visita que encerra, absurdamente, às 14h.

No segundo dia retornei às 11h, mas foi em vão. Encontrei vários turistas parados na porta sem saber o que fazer na greve geral dos funcionários do governo pelo não recebimento de um pagamento atrasado, que duraria até o domingo, quando eu já estaria em Istambul.
É a crise mundial afetando quem quis visitar o templo dos deuses gregos.

Fiquei me sentindo incompetente, extremamente chateado e sem saber como agir. Como posso ir a Atenas e não conhecer Acrópolis? Pois é.... Só conheci pelo lado de fora e pela explicação da guia grevista que propôs para mim e um casal de espanhol uma aula de 40 min. na parte externa de Acrópolis sobre a sua histórian de 4.000 anos. Cada um pagou 15.00 euros e fizemos o dia da guia Athina ( até o nome é de deusa ).
Mas achei Atenas meio detonada demais. Pensei que fosse encontrar contruções mais bem conservadas, mas foi tudo muito devastado pelos bombardeios turcos e de outros povos europeus.

Aí vêm as cobranças: por quê eu não acordei mais cedo no primeiro dia quando ainda não havia greve? Por quê eu deixo tudo para a última hora? Passei dois dias meio desnorteado procurando alguma coisa que fizesse a minha viagem valer a pena.

Fui quebrando o galho com os espaços que não foram afetados pelos grevistas: Ágora que é o segundo sítio arqueológico mais importante de Atenas depois de Acrópolis, Teatro Dionísios que fica na parte externa de Acrópolis, Museu Arqueológico Nacional, onde eu quase fiquei maluco com a escultura de bronze de Poseidon, as esculturas de mármore do período clássico e os afrescos de Santorini ; e o Museu de Arte Ciclático, que expõe uma impressionante coleção estatuetas de mármore de mais de 3.000 anos encontradas nas ilhas do Mar Egeu, onde tem também uma loja fantásticas de réplicas das obras expostas no museu.

É... Pensando bem não foi tão quebra galho assim... hehehehe

No segundo dia resolvi fzer o cruzeiro por 03 ilhas do Mar Egeu e foi mais que divertido.

Acho que o meu corpo não está respondento aos estímulos que eu dou a ele. Está cansado e pede para que eu o deixe repousar por mais tempo. E eu não tenho como não deixar.

Eu colocava o iphone para despertar às 8h, mas só conseguia me levantar às 10h e saía ao meio dia.

Cansei de exigir dele mais do que ele poderia me oferecer.

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Definitivamente, no soy lo mismo!