Conheci em Barcelona uma pessoa iluminada, o Jordi. Um catalão do mundo, ex modelo, ex exportador de produtos manufaturados e agora, colecionador de arte e dono de dois barcos, que estão ancorados no Porto Vell.
A sua vida é velejar no verão, quando leva grupos para passear por Ibiza e arredores e vive disso. Ele é o capitão do barco e chef de cozinha que proporciona prazeres gastronômicos com sua paella catalã. Trabalha por quatro ou cinco meses na estação mais quente do ano e descansa o resto do tempo. Ele vive entre Barcelona e Bruxelas, onde ainda tem alguns negócios. Um catalão falante, amante da gastronomia, das artes e das boas coisas da vida.
Quase aluguei um dos seus barcos por duas noites para ter mais uma experiência diferente, mas era diferente demais. Fui conhecer o porto num dia de tormenta e saí mareado do barco.
Queria aproveitar para ter aulas de fotografia com o Joan, com um pequeno passeio de duas horas pela costa, mas desisti.
Foi ele que me apresentou alguns bons retaurantes já ovacionados por mim aqui, como o La Bombeta e Kaiku.
Ontem à tarde fui à cafeteria do MACBA me encontrar com ele, seu companheiro Chris, José e Jesús, um formidável artista plástico catalão que ele queria que eu conhecesse pela minha paixão pela fotografia.
Jesús é um fotógrafo compulsivo, pensante, que possui um trabalho extremamente plástico com um apelo sexual fortíssimo. Para minha felicidade ele conhecia o trabalhode alguns dos meus admirados fotógrafos brasileiros como Vick Muniz, Mário Cravo Neto, Arthur Omar e Iran do Espírito Santo.
Acabamos a noite comendo na casa do Jordi e do Chris, um francês catalao, num apartamento delicioso no Barrio Gótico. Foi mais uma noite iluminada.
Foie gras trazido da França pelo Chris, para ser comido com pães negros búlgaros, melado e uvas verdes; salada de folhas e um excelente vinho espanhol. Boa comida, bom vinho, boa música, boa conversa e devaneios sobre arte até cansar.
O Jordi diz que quer viver mais com menos. Menos trabalho, menos preocupação.
E só quer fazer o que te faz bem pra alma e pro coração.
Ah… Achei fantástico um anúncio que ele fez para internet a fim de atrair os turistas para os seus barcos no verão ( bcnnadir.com , para que quiser passar bem no nosso inverno) :
“ OFRECEMOS SEVICIOS DE HOTEL CINCO ESTRELLAS, PERO LO SENTIMOS NO TENEMOS PISCINA! "
Piscina pra quê, Jordi? :-)
04/02/2009
"MINHA PÁTRIA É MINHA LÍNGUA"
Eu de 40 e a maioria de 17 a 23. Foi com essa faixa etária que eu convivi as tardes de Janeiro de 2009 . 95% dos estudantes tinham a metade da minha idade e eu lá, hablando con ellos como un loco.
As aulas eram à tarde e eu tinha as manhãs para não fazer nada ou fazer o que eu bem entendesse.
Foi como se eu tivesse voltado ao jardim de infância. Mas só eu me sentia nele. Voltar a estudar depois de 19 anos foi emocionante. Mas não fiz das aulas um peso ou uma obrigação e por isso foi tão gostoso.
A língua espanhola é muito rica, como a brasileira. São muitas regras e o português ajuda na maioria das vezes, mas muitas atrapalha pela similaridade, que me faz hablar el portunhol. Mas o mais bacana de tudo é que começo a pensar em espanhol, a estruturar frases, a entender a admirar ainda mais a língua.
O inglês é a língua oficial de comunicação entre os estudantes e para a explicação nas aulas. Por terem turmas com alunos de diferentes nacionalidade - Rússia, Holanda, Dinamarca. Índia, Croácia, Irã I isso só na minha turma, os professores quando não conseguiam se comunicar depois de tentar explicar diversas vezes em espanhol, partiam para o inglês.
E eu lá, boiando….
Nunca gostei do inglês. Pensei que fosse morrer sem apreder, mas não vou não.
Eu dizia que não gostava para justificar a minha incapacidade de querer aprender, de achar que eu nunca teria uma pronúncia perfeita.
Pronúncia perfeita pra quê? Precisa não!
Agora, conhecendo melhor o espanhol, sei que o inglês é o idioma mais fácil do mundo, com poucas regras e muito vocabulário. Tirei mais um peso das costas e agora decidi que vou aprender inglês. E já estou aprendendo. Passei tudo aqui do computador que era em português para inglês, para eu ir acostumando com a idéia. Até cheguei a ver um curso intensivo em Londres. Mas chega! Agora, só no Brasil.
Perdi o medo da língua. Mais uma vitória.
!Gracias, Don Quijote!
As aulas eram à tarde e eu tinha as manhãs para não fazer nada ou fazer o que eu bem entendesse.
Foi como se eu tivesse voltado ao jardim de infância. Mas só eu me sentia nele. Voltar a estudar depois de 19 anos foi emocionante. Mas não fiz das aulas um peso ou uma obrigação e por isso foi tão gostoso.
A língua espanhola é muito rica, como a brasileira. São muitas regras e o português ajuda na maioria das vezes, mas muitas atrapalha pela similaridade, que me faz hablar el portunhol. Mas o mais bacana de tudo é que começo a pensar em espanhol, a estruturar frases, a entender a admirar ainda mais a língua.
O inglês é a língua oficial de comunicação entre os estudantes e para a explicação nas aulas. Por terem turmas com alunos de diferentes nacionalidade - Rússia, Holanda, Dinamarca. Índia, Croácia, Irã I isso só na minha turma, os professores quando não conseguiam se comunicar depois de tentar explicar diversas vezes em espanhol, partiam para o inglês.
E eu lá, boiando….
Nunca gostei do inglês. Pensei que fosse morrer sem apreder, mas não vou não.
Eu dizia que não gostava para justificar a minha incapacidade de querer aprender, de achar que eu nunca teria uma pronúncia perfeita.
Pronúncia perfeita pra quê? Precisa não!
Agora, conhecendo melhor o espanhol, sei que o inglês é o idioma mais fácil do mundo, com poucas regras e muito vocabulário. Tirei mais um peso das costas e agora decidi que vou aprender inglês. E já estou aprendendo. Passei tudo aqui do computador que era em português para inglês, para eu ir acostumando com a idéia. Até cheguei a ver um curso intensivo em Londres. Mas chega! Agora, só no Brasil.
Perdi o medo da língua. Mais uma vitória.
!Gracias, Don Quijote!
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