24/01/2009

COMER BEBER VIVER

Aqui eu tô com a mania de fotografar tudo o que eu como.

Os garçons riem porque eu fico sempre com a câmera sobre a mesa no lugar onde se coloca o prato. Eles ficam com medo de derramar alguma coisa na minha fiel companheira.

Mas é meio isso mesmo... Nunca tive tanta fome de informação e vontade aprender como agora, e tô devorando a minha câmera e as suas lentes.

Eu sempre tive inveja de quem tem um hobby. Eu nunca tive.
Sempre achei diferente quando alguém falava que fazia aula de pintura, que fotografava nos finais de semana, que saía pra fazer trilha de bicicleta ou escrevia diariamente num blog - como a querida Raquel ( descabimento.blogspot.com ) que hoje está em Buenos Aires comemorando mais um ano de vida com seu eterno amor, Túlio.

Sempre pensava comigo: como essas pessas conseguem se concentrar nos horários livres para fazer algo tão diferente do que normalmente fazem? Como conseguem perder tempo dessa maneira? Porque, para mim, o trabalho sempre foi o todo-poderoso-dono-do-tempo.
Ou melhor, do meu tempo. Mas agora eu sei a resposta.

A fotografia veio me trazer energia para a alma.
É uma vontade de querer acertar, de melhorar, de errar menos. Mas sempre no final do dia, quando analiso as fotos, eu me sinto medíocre. Eu não estou acostumado a ver tantos erros meus documentados na tela de um laptop. E olha que não são poucos.

Faço em média 400 fotos por dia nos finais de semana, fora as aulas com o Joan, no metrô a caminho da Don Quijote ou no intervalo das aulas. E haja HD pra armazemanar tanta foto tremida, com foco errado, abertura inadequada e enquadramento ruim. Sempre eu acho que acerto quando olho pelo visor, mas quando chego no hotel vem a dolorosa realidade.
Agora o Odon me passou por email o Lightroom que tem facilitado muito a minha vida.

A boa foto é uma união de técnica e senso estético e, se você se esquecer de algum deles, forrou-se; ou se deu muito bem. Porque às vezes o defeito passa a ser efeito, mas não é esse o meu caso, infelizmente.
Os grandes fotógrafos dizem que no início é assim mesmo e que depois de assimilada a técnica, tudo passa a ser mecânico e terei que me preocupar só com o enquadramento e com os toques pessoais que vou querer imprimir em cada foto, já dizia o meu querido e adimirado amigo Webinho.

Mas tô conseguindo minimizar a ansiedade e isso tem me transformado numa pessoa melhor a cada dia. O mais difícil é olhar pra dentro da gente e aceitar os defeitos; é perceber e me conformar que sou igual a qualquer um e, por isso, tenho a minha cota de erros e acertos. Agora é ter tranqüilidade, olhar pra fente e tentar acertar. Sempre.

Daqui pra frente é só praticar porque já senti que a boa foto só vem com o tempo. Eu tentei correr atrás dela, mas o doutor tempo me deu esse aviso.

Eu tenho todo o tempo do mundo e humildade bastante para esperar. Mas, como eu sempre tento fazer, vou tentar encurtar o processo e correr atrás do tempo sem que ele perceba.

E como a comida daqui é bonita. É de encher os olhos e o estômago. Já tô até com fome de novo!

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Definitivamente, no soy lo mismo!