12/03/2009

EXCESSOS

Eu tenho que aprender a eliminar os excessos; tenho que me desprender das coisas com mais facilidade, sem dor.

Eu me apego a coisas que nunca me farão falta e que só ocupam lugar na minha gaveta, na minha mala, na mochila e até no bolso. Eu me apego àquele papelzinho da entrada do museu que eu visitei há dois meses atrás, ao canhoto do cartão de embarque de Madri para Barcelona, isso há quase três meses.

Para quê essa bobeira? Eu nunca vou ver isso de novo e muito menos fazer um mural com as entradas dos museus, palácios, templos e das dezenas de locais que eu visitei até agora.
Tem coisa mais jeca que isso?

Então, rapaz, seja prático. Tome tenência e vergonha na cara! hehehe

Acabei de pagar mais 100,00E de excesso de bagagem de Paris para Madri; de Istambul para paris já foram outros 45,00E.
Excesso... Excesso... sempre tem alguma coisa sobrando e eu gastando mais. Na vinda para o aeroporto eu peguei um táxi com direção à Gare du Nord, onde eu pegaria o trem que me traria ao aeroporto.

Pois é... Traria. É inacreditável, mas o danado do motorista me convenceu que se eu viesse com ele direto eu ficaria mais tranqüilo, já que a minha mala já está com os seus 36kg, fora a mochila de costas que está pesando 12kg com o equipamento de fotografia e o macbook. Tô morto de cansaço! Paguei 40,00E e cheguei em 30min. E ainda vim dormindo no banco de trás.
Eu resolvi gastar um pouco a mais de medo. Medo de que a mala resolva se rebelar contra mim e me deixe sem saber o que fazer em plena estação de trem, como as outras já fizeram. Chega de confusão!

Como eu posso juntar tanta buginganga? Eu jurei para mim mesmo que eu não levaria presentinho nenhum para ninguém. Eu sou compulsivo...
Penso no que a pessoa vai gostar, na lembrancinha específica que combine com a áurea de tal pessoa. Chega! Parei! Cansei!

Mas não tem jeito... Como D. Lourdinha vai falar para amigas que o seu filhinho visitou a Espanha, Marrocos, Egito, Turkya, França e não levou nada pra ela? Não sou um filho tão desnaturado assim...
E vou me transformando nesta mula de carga, neste comboio de cacareco.

E por falar em excesso, já vou agendar daqui amanhã o meu retorno ao endocrilologista porque os 4kg que eu deixei no Brasil estão de volta com alguns a mais. E nem me interessei em saber quantos.

Um mês antes da viagem fiz a consulta e o doutor me receitou dois redutores de apetite e uma lista enorme daquilo que eu não poderia colocar na boca. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...
Tudo o que ele escreveu que eu não poderia comer foi o que eu devorei: pão, carne, batata, azeite... A única coisa que me salvou é que eu sou maluco por salada; como plantinhas em todas as refeições, mas o difícil é que eu não consigo viver só com elas. Depois vem a carne, a paellla, a batata frita, o tagine, a patisserie...

Como posso fazer dieta nesta viagem sem destino fixo? Eu não tenho como levar a tabela de calorias para cada restaurante, doutor... E ainda comer de 3 em 3 horas? Nem em pensamento!
Então, pegue leve...

Aqui no aeroporto deu vontade de ir direto para o Brasil; parar no aeroporto Barajas em Madri e pegar o vôo direto da TAM de volta. Mas não vou fazer isso não. Eu sempre tenho vontade de voltar quando o cansaço bate forte, como hoje.

Calma , que a vontade vai passar e vai ser lindo em Madri.

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Definitivamente, no soy lo mismo!