23/02/2009

21/02 - ANIVERSÁRIO DA MINHA MÃE LOURDINHA, MAS QUEM GANHOU PRESENTE FUI EU

Abri os olhos sem acreditar que teria que acordar naquele horário. Aqui no barco é tudo com hora marcada. Se você não aparecer na hora certa para comer, adeus, fica com fome ou pede pelo room service que é caro pra caramba.

Pela manhã já estava marcada mais três visitas com o guia mexicano. Agüentar aquele cara a manhã inteira, com sono e sem um puto no bolso não iria dar certo.
Ele ainda vem com o papo que tinha que dar gorjeta para todo mundo que já estava pago pelo pacote e fiquei maias nervoso ainda. Avisei na saída que eu não tinha dinheiro nem pra mim e nada de tip.

Ele fez uma cara de bunda e fomos ver primeiro o “obelisco inacabado”. Que cacete é essse de obelisco inacabado? Perguntei porque aquilo tinha um ponto turístico se ele era inacabado. O cara não quis responder….kkkkkk
Chegando lá vi um bloco de granito imenso cavado nas laterias e um bloco central partido no meio. Inacabado. Então tá!
Aí fiquei mais puto ainda comigo porque tinha pagado 30,00 PE para um bloco de granito sem um desenhozinho sequer. Quis matar o egípcio- mexicano ali mesmo. E o meu dinheiro curto indo embora.

Saímos em direção a um destino que eu não tinha entendido o que era. Perguntei de novo e o barrilzinho de chopp ficou mais nervoso ainda. Depois quem ficou nervossíssimo fui eu porque tive que pagar mais 20,00 PE par aver uma hidrelétrica, a maior do Egito.
E eu com isso? Pagar para ver o que o dinheiro da ajuda soviética fez de bom para os egípcios? Lembrei de Itaipu na hora.

Aí teríamos a terceira visita, a tumba de não sei quem que morreu não sei quando.
Pára! Não quero visitar mais nada! Não quero ver mais nada. Não quero gastar meu pobre dinheirinho com bobagens. Quero dormir e resolver o meu problema de pobreza egípcia. E só.

Ele arrancou um folha de caderno e pediu que eu escrevesse um texto afirmando que eu não queria ver a 3a maravilha de Answan.
Escrevi: “Yo no quiero visitar la tumba. Gracias! “ Ass.: Aloizio Meireles.

Fui para o barco tentar solucionar o meu tormento. Mas Deus é grande! Consegui falar no Credicard e me explicaram que o meu cartão tinha sido bloqueado para saque ainda em Janeiro, quando fiz um saque pequeno para testar se o cartão funcionava.

Eles acharam estranho o valor baixo e bloquearam, só por isso. E desde então eu só usava o todo-poderoso que agora está dentro de um caixa eletrônico no Cairo. O atendente teve dó da minha situação e aumentou a minha cota de compra, mas para a retirada ainda continuava pequena.

Aí apareceu o anjo da recepção dizendo que tinha uma opção: eu passar o cartão como se fosse compra e eles me repassariam o dinheiro, claro, cobrando uma taxa. Agradeci, quase chorei, apartei as mão de todo mundo e peguei, enfim, o meu dinheiro.

Passou, mais uma vez! Chega de pobreza! Agora eu posso até dar gorjeta!

Hoje, dia 21/02, quem faz aniversário é minha mãe Lourdinha que está lá em Itabira, mas quem ganhou presente fui eu aqui no Egito. Parabéns, Veínha!

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