23/02/2009

DESCONECTADO – PRIMEIRO MÊS DO RESTO DA MINHA VIDA

Outro dia eu parei para pensar nessa minha viagem.

Eu saí de BH amargurado em dezembro, querendo fechar o escritório, mudar de área de atuação e buscar outra forma de vida, onde eu pudesse ser feliz com pouco.

Essa idéia de minimizar é uma constante na minha vida já faz tempo. Acho que posso racionalizar o meu tempo, as minhas coisas, viver com menos para ter mais tranqüilidade. Porque eu vi que eu trabalhava exaustivamente para pagar “coisas” que nem sempre me faziam feliz; eu vivia sem o prazer da criação, do trabalho elaborado que o bom design exige.

Quero que o meu trabalho volte a ser prazeroso, com há 15 anos atrás. Não quero ter que trabalhar simplesmente para pagar as contas ou satisfazer o meu cliente. Quero voltar a ter tesão no que eu sempre lutei para fazer e sei fazer de melhor.
Eu tenho consciência que sou muito bom no que eu faço.

No mês de janeiro eu consegui me desligar completamete da minha vida dos últimos 40 anos. Foi como se eu estivesse desligado uma tomada ou um interruptor. Esqueci da minha casa, da ZOR, da minha família, apesar de ligar toda semana e estar sempre no msn com Hana e Toninho, meu cunhado; dos amigos e até do João, meu querido e mais que amado bicho peludo.

Esse “primeiro mês do resto da minha vida” foi para desintoxicar da amargura. Eu já escrevi isso quando saí de Barcelona, mas é a pura verdade. Toda vez que toco no assunto eu me emociono porque eu me pergunto como me deixei chegar àquele ponto.

Acho que agora é a primeira vez na minha vida esqueci de tudo e de todos e fiquei só, comigo.

Eu precisava buscar a cura para tamanha tristeza e foi muito bom ver que ela estava bem mais perto do que eu poderia imaginar.
Ela estava aqui pertinho, dentro de mim.

É bom saber que quem poderá fazer o melhor pra mim sempre serei eu mesmo e que a minha vida recomeça agora.

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