23/02/2009

JOÃO, MEU BICHO PELUDO


Quando o Carlos me deu o João de presente de aniversário há três anos atrás e eu aceitei, percebi que alguma coisa estava mudando dentro de mim. Era a primeira vez que eu me propunha cuidar de alguém ou alguma coisa que não fosse o meu trabalho.
Ali eu senti que comecei a me desprender do meu mundinho fechado, da minha clausura interior.

O animal precisa da gente o tempo todo e é uma troca de amor incondicional. Ele me ama sem perguntar se eu tenho dinheiro para pagar o jantar no DOM, o condomínio do apartamento bacana ou comprar uma calça da Diesel.
Ele se deita no meu colo e me dá tranqüilidade, a mesma que eu dou a ele.
Era disso o que eu estava mais precisando naquele momento: a carícia essencial.
E o Carlos, sábio como sempre, percebeu antes de mim que aquele presente poderia me tornar uma pessoa melhor.

Cuidar e ser cuidado é muito bom. Saber que tem alguém por perto o tempo todo é melhor ainda.
Agora eu sei que a compania pode ser de um animal, de uma planta ou de um bicho de pelúcia e só depende da forma de interação que você espera do outro.
Ele tem que ser companheiro e dar vontade de sentir o cheiro, de ficar de nariz colado, como o João faz comigo.
Eu sempre tive dificuldade de me entregar a um relacionamento, mas o João me fez desbloquear esse caminho.

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