16/01/2009

QUARTO DE HOTEL

Eu sempre gostei de quarto de hotel. Sempre. Todos gostam de ir pra casa de amigos e de parentes. Eu gosto de ir pro quarto de hotel. É engraçado isso. Da janela do quarto de um hotel eu analiso a minha vida e vejo a vida do outro. É um mundo totalmente diferente, é como se alguma coisa muito importante acontecesse e fosse embora rápido. São instantes fulgazes, flashes. São relações quase que momentâneas, sem que dê tempo de perguntar o nome ou a nacionalidade. E talvez, por isso, me encante tanto.

Gosto do cheiro de limpeza, da ducha forte e quente, do banho de banheira, dos edredons brancos, dos lençóis e fronhas ultra-brancos de 1.000 fios e dos seis travesseiros para uma pessoa só - no meu caso.
Mas o que eu gosto mais ainda é chegar e ter tudo arrumado, mesmo não tendo uma Vanuza que saiba onde eu gosto de encontrar as minhas coisas. E "a outra" sempre coloca as coisas no lugar certo.
Mas tem outra coisa que é mais engraçada: eu deixo o quarto 'meio" arrumado para a dona não achar que eu sou desorganizado. Dá pra acreditar? Pois é... Sou assim mesmo. Penso sempre na idéia que estão fazendo de mim. Até a faxineira do hotel.

Outra linha de pensamento:
Ou será que deixo "meio arrumado" para que ela saiba como eu gosto e não faça nada muito diferente, porque uma coisa que eu não sou muito chagado é a tal da surpresa.
Aliás, SURPRESA é um saco.

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Definitivamente, no soy lo mismo!