30/01/2009

A MINHA HISTÓRIA SEM FIM

O que eu sinto, olhando pra esse dia frio e cinza lá fora, é que parece que a minha viagem começa agora. Mas eu não crio expectativas. Como sempre.

Não sei porque eu sempre prefiri a realidade à fantasia. A minha fantasia é sempre real e ela só nascia no meu trabalho, na necessitade de eu me encantar para, depois, encantar o outro. Era uma troca. E só.

Fantasia começou a ser um objetivo pra mim quando eu assisti ao filme A História Sem Fim, nos meus 15 anos, em 1984. Eu me lembro muito bem de eu sentado, hipnotizado na poltrona do Cine Acaiaca, no meu segundo ano em BH.

Atreiú está numa viagem fantástica em busca de uma terra distante chamada FANTASIA, porque o NADA estava tomonado conta do mundo. Pelo caminho ele luta, faz amigos e se diverte como qualquer criança.
Mas um dia ele se cansa da busca e cai no PÂNTANO DA TRISTEZA, e se afunda na areia movediça, que representa a incapacidade de sonhar. Aparece o MONSTRO DAS TREVAS numa caverna negra, onde só se via os seus olhos reluzentes. Atreiú se afunda mais e mais... E pergunta para o monstro, sem forças, por que aquilo estava acontecendo com ele.
O monstro responde: " As pessoas estão deixando de sonhar e o NADA está tomando conta do mundo e, você que representa essas pessoas, está afundado na tristeza."

Essa imagems nunca saíram da minha cabeça. E fiz delas um alento para os momentos mais tristes e difíceis até pouco tempo atrás. Eu já vi, revi e chorei com esse filme mais de uma dezena de vezes e a emoção sempre é a mesma.

Antes, quando eu me sentia no pântano da tristeza, sempre me lembrava do Atreiú, meu inesquecível herói, e saía dele fortalecido.
Mas nos últimos tempos, o NADA tomou conta de mim e levou todas as minhas forças, a minha capacidade de reagir, a minha vontade querer lutar.

Agora passou. Que bom.

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